O reggae é tão “um estilo que ganhou o mundo” quanto qualquer outro. Não é todo mundo que é fã, mas, entre produtores e ouvintes, o estilo tem audiência cativa no Invasões e presença constante em nossas programações. Surgido num país colonizado por ingleses em pleno Caribe, o caminho natural de expansão do reggae foram os países de língua latina e de língua germânica, aqui nas Américas e lá na Europa.
Na América Latina, temos os argentinos do Los Pericos. Eles já foram mais reggae, mas o som continua bom.
Temos ainda em Porto Rico o pessoal do Cultura Profética. Eu particularmente gosto da participação do vocalista Willy numa canção de reggaeton com Gocho.
Indo já para a Europa, temos na Suécia a Svenska Akademien, que acabou de ser mencionada aqui no blog. Mas temos também muitos outros: Kultiration, Kapten Röd, Helt Off.
A Alemanha é mais afeita às batidas mais marcadas do dancehall, parente do reggae também nascido na Jamaica. Mas Nosliw tem canções com a levada mais típica do reggae. Jan Delay e Gentleman são nomes bem populares; só não espere ouvir reggae o tempo todo. Irie Revoltés canta em francês também, por ser um projeto binacional.
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O melhor do reggae e correlatos em língua alemã é produzido mesmo na Áustria, pelo menos foi o que deu para notar. A voz feminina de Mono, da dupla de dancehall Mono & Nikitaman, combina com as batidas suaves das poucas e boas canções de reggae que a dupla possui.
Já que a gente mencionou o idioma francês, não custa dizer que esta língua parece se ajustar perfeitamente ao reggae. O acento tônico na última sílaba combina bastante com as melodias do ritmo em questão, de forma que o reggae em francês soou para mim com a maior naturalidade. Nuttea é um dos nomes mais famosos e faz também hip-hop, indo na mesma linha musical da Svenska Akademien, apenas com menos irreverência.
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Os artistas de reggae da Itália não despertaram nenhuma atenção específica, já que havia muita coisa a ser descoberta e mostrada nos outros ritmos. Mas a própria Après La Classe tem músicas de reggae belíssimas e de bom ritmo, como “L’era del fiore”, “La stagione dell’amore c’è” e “Se spegni il sole”.
Saindo um pouco do Ocidente, vale destacar a faixa-título do álbum Milionim, da cantora israelense Etti Ankri.
É claro que não se trata de nenhuma lista exaustiva. Os fãs de reggae têm o mundo inteiro para explorar. Vale dizer que tem reggae sendo feito na Islândia, Finlândia, em vários países da África, e que o reggae tem influenciado da música francesa à georgiana.