Nunca negamos, jamais negaremos. A paixão por música que criou este projeto é proporcional ao tanto que o futebol é importante para todos nós. E as Copas (do Mundo, Euro e América) sempre foram excelente desculpa para ouvirmos músicas dos países em campo.
Por isso, estreamos agora uma série de playlists para sonorizar a incomparável Libertadores da América. Ouça os duelos musicais (aos pares, ou tudo de uma vez no final da página) desta fase de oitavas e entre no clima.
Depois de comemorar a melhor campanha de toda a primeira fase, o Los Pericos do guitarrista xeneize Juanchi Baleirón parece preocupado com o futuro do Boca: “No me dejes morir asi / no me dejes caer en la trampa”. Já o River, do millonario Charly García e sua banda Sui Generis, está pronto para deixar a vida em campo pela vaga: “no es porque te tenga miedo / solo me quiero arreglar”. (Guilherme Almeida/Igor Costoli)
Como clássico é sempre clássico, então, para aproveitar e reforçar a redundância, vamos com dois clássicos imortais da primeira metade dos anos 1970 (um de BH, outro da capital paulista), porque ambos já viveram dias mais felizes. (Thiago Borges)
As bandas selecionadas para representar o confronto entre Corinthians e Guarani não teriam nada a ver uma com a outra, não fosse pelos nomes animalescos. (Carlos Jauregui)
Coisas (tristes) da vida: Gustavo Cerati, líder do Soda Stereo, faleceu ano passado e não pôde curtir a ressurreição do seu querido Racing, de volta à Libertadores depois de 12 anos. O Montevideo Wanderers retornou depois de apenas 7 anos, mas nunca venceu um jogo eliminatório pela competição. Ao som de Gonzalo Yañes, o MW aposta na juventude de Matías Santos (21 anos) para realizar a façanha. (GA/IC)
Jogo na base da raça, com direito a marcação afetuosa, rasteira e bololô. Para inspirar a quebradeira, dois exemplares do MEEEETALLLLL latinoamericano! (CJ)
Movimentação e um toque de bola cheio de cores, versus muita força e transpiração. Colombianos e equatorianos não tinham como ser mais opostos – e assim também são estas duas bandas. (IC)
Quando Tom Zé explicou que “Tô ficando atoladinha” tinha um “metarefrão, microtonal e polissemiótico” ele não imaginava a riqueza de significados que a gaúcha “Mordido” e a mineira “Eu já venci” adquiririam à luz de um Inter e Galo na Libertadores. (TB)
Os primeiros trabalham muito com a bola no pés, os segundos gostam de ter o jogo nas mãos. O contraponto fica com o mais recente trabalho do colombiano Juanes (representando estes bons últimos anos do Santa Fé) contra uma música já clássica do Bersuit Vergarabat (para um Estudiantes denso, que busca forças num passado já nem tão recente). (IC)