Quando levamos o último cd do Vive La Fête pro nosso radiofônico Saído do Forno, martelamos um bocado na tecla da evolução sonora da banda.
Em termos práticos, os anos têm feito bem a todo o grupo, que parece cada vez mais redondinho, mais entrosado. Os elementos sonoros se equilibram, mesmo quando parecem desencontrados para efeito de contraste.
Em termos teóricos, o VLF silenciosamente troca de rótulo a cada álbum, mas não avisa ninguém. Já se definiram como electropop, electro-safado e kitsch pop. E desde 2007, com este Jour de Chance, flertam – e muito bem – com o electrorock.
O maior peso às guitarras tornou o som da banda mais caloroso, e mais próximo do que é nas apresentações ao público. É o que vemos em “Bêtise”, “Mais” e “Aventures Fictives”, onde o peso no som se mostra mais claro. O flerte rock também se voltou às baladas: “La Route” e, a ótima “Love me, Please love me”, um cover de Michel Polnareff que vale um futuro post à parte…
Mas as mudanças não tiram do Vive la Fête aquele que é seu grande mérito: fazer pular e dançar. De onde destaca-se as ainda melhores “Je suis Fâchée” e “Tout Fou”.
E assim encerramos nosso especial da banda belga, com este álbum todo doido para se ouvir em um dia de sorte.