Precisando reagir após a estreia ruim, os dois países trazem rock para o Mundialbum.
Primeiro, apresentamos a banda alternativa Ánima, nascida em 1998 na cidade mais violenta do mundo (San Pedro Sula, média diária de assassinatos 16 vezes superior à de São Paulo). Ano passado, eles se uniram a outras bandas para a campanha “No covers”, uma iniciativa para valorizar a música local.
Esse detalhe é interessante: não há muitos lugares para material inédito no país, os bares costumam dar espaço apenas a covers. Os músicos decidiram, então, iniciar eles mesmos um movimento para valorizar a música nacional. Nas palavras do baixista Fuad Handal, “a ideia é fazer surgir algo identificado com Honduras, porque a música é parte da cultura de uma país”. Leva nossos aplausos, enquanto ouvimos No Existe Nadie Más.
Do outro lado, apresentamos o metal equatoriano com a banda Falc, que teve esse nome da sua fundação em 1997 até 2004, quando dois de seus membros fundadores deixaram a banda. Os integrantes que restaram optaram por “mudar tudo ou… mudar de vez”, propondo novos caminhos para a banda e trocando seu nome para… Falk.
Por novos caminhos, um deles era crescer para mercados maiores. Em 2007 lançam um disco duplo, metade em inglês e metade em espanhol. Três das faixas anglófonas já haviam aparecido no EP de 2005 Falk U. Mas seu grande trabalho segue sendo o disco Perdido en el Tiempo, de 1999. É dele que trazemos a faixa Paren al Mundo.
Em campo: tem tudo pra ser um jogo duro, em muitos sentidos. E já que viemos de rock, talvez o mais pesado seja o mais talhado para a partida. Os equatorianos ficam com essa.