No campo, este confronto não deve ser nada fácil. Fora dele, na música, ele será muito bem-humorado.
Num país que fala alemão, francês, italiano e romanche, entre outros dialetos, a dupla Männer am Meer escolheu cantar em sua língua materna, o Bärndütsch (imaginem como é difícil pesquisar material desse jeito).
Para curtir sua mistura de ska latino com rap, vamos com a canção Das wo si nid hei. Mas aqui mesmo, no nosso site, você encontra um pouco mais do MaM. Os suíços curtem uma boa zueira™ em todas as esferas possíveis: nas letras, na postura, no palco (onde já lutaram boxe no meio do show) e fora dele.
Do outro lado, a ironia está em alta com a vocalista Julie Budet, que se apresenta sob o nome Yelle. Figurinha frequente por aqui, a francesa se tornou famosa com um single Short Dick Cuizi. O nome já é uma tirada pra cima do rapper Cuizinier que, como quase qualquer rapper, adora cantar sobre sua moral e seus feitos sexuais.
Mais tarde, a canção foi relançada com seu nome definitivo, Je veux te voir, referência aos versos “Eu vou te ver / num filme pornô”. Yelle sempre afirmou que a faixa não era um ataque, apenas uma piada cheia de referências – a maioria, sexuais e irônicas. Vamos com ela.
Dentro de campo, será divertido também: a França, desfalcada de seu melhor jogador, se mostrou melhor do que o esperado na estreia. A Suíça, nem se fala. Famosa pela retranca, impressionou por se manter atacando até o final e arrancando a vitória nos acréscimos de seu primeiro jogo. Inspirado pelos artistas do post, vou contraria a lógica e apostar em muitos gols, com ligeira maioria francesa.
Guilherme Almeida
»Também se fala francês na Suíça. E imagino que o Bärndütsch deve ser dialeto do alemão (seria “alemão de Berna”?)
Igor Costoli
»Verdade, corrigido. Não sei dizer, mas faria sentido porque a língua é mesmo dialeto do alemão. Augusto poderia nos confirmar