Encontro entre uma veterana das copas contra a única estreante deste ano.
Representando a Argentina, um verdadeiro mito, Gustavo Cerati, com passagem de enorme destaque no Soda Stereo, antes de partir para carreira solo. “Déjà Vu” é retirada do álbum Fuerza Natural, o último trabalho que Cerati, que durante a turnê deste álbum sofreu um derrame antes de uma apresentação em Caracas, que o deixou em coma desde então.
Do lado da Bósnia, entra em campo o Dubiosa Kolektiv e sua mistura de reggae, dub, rock, ska e muito mais. A música escolhida é “Volio BiH” (Amo Bósnia e Herzegovina), do álbum Apsurdistan, do ano passado. Não é uma música feita pra copa, como outras, mas alguns trechos da letra merecem destaque, como “Gostaria que (Cristiano) Ronaldo jogasse pela Bósnia / Que no casamento nós cantemos Rambo Amadeus” ou “Gostaria que a Bósnia conseguisse uma vaga no Brasil”. O primeiro pedido definitivamente não vai rolar. O último aconteceu, caso contrário não estaríamos falando da Bósnia aqui. E tomara que o segundo aconteça, já que o montenegrino Rambo Amadeus é um favorito do Invasões. Ah, e a banda costuma se apresentar toda uniformizada, como um time de futebol.
O jogo
A Argentina torce pela recuperação tanto de Cerati quanto dos áureos tempos de sua seleção, que não passa das quartas-de-final desde que chegou à final em 1990 (e quando o Soda Stereo era a maior banda da Argentina). Espera-se que pelo fato da Copa ser perto de casa e de contar com talentos como Messi, Di Maria e outros, finalmente a albiceleste possa fazer jus à sua condição de favorita. Por outro lado, o leste europeu e os bálcãs tem sido pródigos em seleções que aparecem do nada e vão longe na Copa, como a Bulgária em 94, Croácia em 98 e Turquia em 2002 (forçando a amizade nesse último caso, mas já que o país é filiado à UEFA no lugar da AFC, a gente também pode) e a Bósnia tem o Edin Dzeko, candidato a artilheiro da Copa. Mas a vitória é argentina: 3×2.