Jules Shungu Wembadio Pene Kikumba, ou simplesmente Papa Wemba, foi o assunto do Invasões Bárbaras da última sexta-feira. Trata-se de um dos maiores nomes da história musical da República Democrática do Congo, país que já se chamou Zaire e atualmente também é conhecido como Congo Belga ou Congo Kinshasa.
Depois de ter estourado nos anos 1970 liderando os grupos Zaïko Langa Langa e Viva la Musica, Papa Wemba conseguiu se manter forte no cenário musical do Congo Kinshasa, logrando inclusive admiradores em outros países de língua francesa. Nessa longa trajetória já lançou mais de 40 álbuns, explorando os ritmos mais típicos do país (como o soukouss e o kwassa-kwassa) e flertando com a música latina e o pop.
Seu último trabalho, Notre Père Rumba (Nosso Pai Rumba), foi lançado em outubro de 2010 com grande impacto por aquelas bandas. Também mostrou a grande versatilidade do cantor e compositor que se enveredou por diferentes mundos como a rumba, a tonada sulamericana, o pop, o hip hop, a música folclórica dos bantus congoleses e, claro, o próprio soukouss.
Apresentamos a seguir dois videoclipes extraídos desse álbum:
Em “Sapologie”, Papa Wemba conta com a participação da rapper costa-marfinense Nouchi Nasch. A canção é uma apologia à SAPE (Societé des Ambianceurs et Personnes Elegantes), um movimento cultural que prega o uso de vestuário elegante, formal e “classudo”, o que significa usar terno debaixo de um sol de 35 ºC mesmo que seja para visitar o seu vizinho da rua de trás.
Em “Kema Fumbe”, Papa Wemba dialogoa folklore Tetela, um dos povos bantus da República Democrática do Congo.