“Nasci em Buenos Aires, aos dois anos e meio de idade”

O homem que é o próprio mito do tango achava graça na polêmica sobre seu nascimento. Só que ao morrer precocemente Carlos Gardel deixou, além do legado musical, o mistério para a posteridade. No dia 24 de junho de 1935, o avião de Gardel cai em Medellín, na escala entre Bogotá e Cali. Entretanto, diz-se na Colômbia que a data não serve para lembrar da morte, mas celebrar o mito que nasceu neste dia.

“Ai, quem me dera ser Gardel, tenor e bacharel”

O Cemitério de Chacarita, Buenos Aires, continua local de peregrinação mesmo 71 anos após sua morte. Mas as homenagens ao cantor (de caloroso e diferenciado timbre de barítono) não são exclusividade argentina, onde seu corpo descansa. Na Colômbia, um museu foi montado à volta da cadeira de barbearia que El Mudo costumava freqüentar. No Chile, costuma-se reservar todo o mês de junho para um festival em várias cidades em sua homenagem.

“Por isso, enquanto houver um tango triste
Um otário, um cabaré, uma guitarra
Tu viverás também”

Outro caso, bem especial, é o Uruguai. Na cidade de Tacuarembó (que reivindica o posto de terra natal do ícone) existe uma tv a cabo chamada Telegardel. Além dela, há uma rádio em Montevidéu que dedica 6 horas de programação diária (dividida em 12 blocos) a 400 gravações de melhor qualidade técnica do mito, que a rádio vem tocando pelos últimos 40 anos.

“Gardel não morreu. E a cada dia canta melhor”

Continua…