O caminho não é nada fácil. A internet é uma ferramenta que nos proporciona o acesso a uma infinidade de informações, um grande número de músicas, trabalhos, artistas… Mas é extremamente fácil ficar perdido em meio a isso tudo. Como reconhecer aquilo que é importante, coisas que realmente representem a sonoridade de um país? Como achar material em meio a línguas desconhecidas, palavras impronunciáveis e códigos aparentemente inquebráveis?
Muitas vezes tudo começa em conversas com intercambistas, em outras a sala de bate-papo é a ferramenta. Mas tudo isso não passa de um pontapé inicial para um processo de pesquisa que por algum tempo muda a rotina de cada um de nós. De repente, eis que você começa a cantar uma música do Uzbequistão no ônibus, repetir incessantemente aquele sucesso português e, até mesmo, chega a colocar aquela baladinha alemã como toque do seu celular. Em pouco tempo o disco rígido é todo deles, assim como os ouvidos.
É muita coisa… 200, 300 canções por país. Números que se reduzem drasticamente até se tornarem apenas dez, ingredientes suficientes para abastecer os armários de pílulas por uma longa semana. Um funil que começa com o pesquisador e chega ao fim em uma reunião com os quatro membros do Invasões. Mas nada é assim tão rápido e indolor…
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