Playlist Setembro
Seguimos a tradicional receita da vovó com 4 ovos, 2 xícaras de farinha de trigo, 2 laranjas, fermento e açúcar. Como de costume, começamos com as faixas de aspecto mais pop, para não assustar os ouvidos mais sensíveis, e vamos rumando para o rock na segunda metade da playlist, sem jamais perder a ternura. Gostamos do resultado, gostamos de vocês e esperamos que vocês gostem também das músicas, de nós e do bolo.


Os títulos estão organizados assim:
Quem / Onde / Música / Disco
Oum / Marrocos / Wali / Zarabi
Oum El Ghaït Benessahraoui nasceu em Casablanca em 1978 e cresceu em Marrakech. Uma pequena frase, apenas quatro informações e um universo imaginário inteiro se abre nas nossas cabeças. Tudo é confirmado e enriquecido ao ouvir “Zarabi”.  
Daby Touré / Mauritânia / Amonafi / Amonafi
Segunda vez que o sobrenome Touré aparece em nossas playlists e a primeira vez de um mauritano. Daby nasceu em 1975 e este é o seu quinto álbum solo. Começou a carreira em Paris com seu primo Omar na dupla “Touré Touré” e depois disso foi integrante do selo e da banda do Peter Gabriel.
Julian Mourin / Argentina / Viene tormenta / Sur solar
Julian teve uma banda chamada “Chúcaro”. Em carreira solo lançou este ano seu segundo álbum e chega ao Brasil para tocar em Belo Horizonte (02/10), Rio de Janeiro (07/10) e São Paulo (10/10). Aparentemente, o cantautor argentino chegará em BH junto com a chuva.  
Romperayo / Colômbia / Dando vueltas en ovni / Romperayo
Pedro Ojeda, do “Frente Cumbiero” e do “Los Pirañas”, na bateria e percussão. Eblis Alvarez, dos “Meridian Brothers” e Ricardo Gallo nos sintetizadores. Juan Manuel Toro, no baixo. Em Romperayo fazem juntos um som muito percussivo, que resgata a música colombiana e dá aquele nó apontando para um futuro um tanto quanto retrô.
Chara / Japão / Koibumi / Secret garden
Chara esteve em nossa última playlist, acompanhando a banda “toe”. Volta agora com “Secret Garden”, seu 15º álbum, de uma carreira longeva e muito interessante. Miwa Watabiki, a Chara, também é atriz, apresentou programas musicais na TV e teve uma banda paralela só de mulheres chamada “Mean Machine”.    
Geir Sundstøl / Noruega / Din gamle Arak / Furulund
Este guitarrista é um importante músico de estúdio na Noruega. Já tocou em 260 discos (aqui tem uma lista considerável deles, incluindo dois do “A-Ha”), e já rodou o mundo acompanhando algumas bandas. “Furulund” é o seu PRIMEIRO disco solo, estocado em barril de carvalho desde 1988, quando começou a tocar profissionalmente.
Dungen / Suécia / En dag på sjön / Allas sak
Essa é a oitava bolacha lançada pela banda de Gustav Ejstes, o líder dessa trupe que conseguiu reconhecimento internacional a partir do quarto álbum, “Ta det lungt”, de 2004. “Allas sak” demorou cinco anos para sair e, talvez também por isso, decepcione um pouco.     
Negro Leo / Brasil / Rincón poblano / Ninões heroes
Dizer o quê de Negro Leo? As tags no seu bandcamp são eloquentes: “experimental”, “canção torta”, “free punk”, “improviso”, “maximalismo sombrio” e “Rio de Janeiro”. É por aí. Das coisas mais interessantes e inquietantes hoje no Brasil, para a qual não há meio termo: ame ou odeie.
Havalina / Espanha / Un rejoj de pulsera con la esfera rota / Islas de cemento
Trio de rock madrilenho no qual restou apenas Manuel Cabezalí de sua formação original. Cantavam em inglês no início da banda, mas, influenciados por Gustavo Cerati, migraram para o espanhol. “Islas de cemento” é o oitavo disco, primeiro com a atual formação.
Big|Brave / Canadá / On the by and by and Thereon / Au de la
Segundo disco desse trio de Montreal que não tem baixo. A formação tem duas guitarras e uma bateria, que em “Au de la” são acompanhados, às vezes, por uma violinista convidada. É pesado, conjuga bem o barulho e o silêncio e tem uma pegada de drone muito interessante. (Sim, infelizmente cantam em inglês.)