Cabaye, Matuidi e Pogba x Schweinsteiger, Kroos e Özil: provavelmente é o jogo em que o m2 no meio de campo custa mais caro. Terras férteis nessa faixa do gramado costumam render bons jogos. O clássico europeu das quartas de final tem tudo para entregar exatamente o que se espera dele.
Os franceses vêm escalados com um dos seus mais ecléticos representantes. Não parece, mas Manu Chao é nascido na França, filho de pais espanhóis. Em 1987, montou com seu irmão Antoine e o primo Santiago Casariego a banda Mano Negra, um laboratório para as experiências químicas de fusão entre música latina e o espírito punk do The Clash.
A proposta tem tudo a ver com o caldeirão multiétnico e multicultural que é a seleção francesa, com todas as discussões que isso pode gerar, para o bem e para o mal. Em homenagem ao futebol, ouça Santa Maradona.
Não dá para fugir ao clichê de dizer que a Alemanha é um celeiro de craques. Da vizinhança do conservatório de Düsseldorf surge o Neu!, um dos grandes expoentes do krautrock. Foi ali, no final dos 60 e início dos 70 que a Alemanha produziu uma geração de bandas muito radicais no apego à experimentação, em um movimento de reconstrução da identidade cultural alemã, que ajudasse a cicatrizar as feridas do pós-guerra.
Michael Rother e Klaus Dinger fundaram a banda depois de participar dos primeiros discos do Kraftwerk, com a ideia fixa de produzir música com o foco em ritmo, ruído e dissonância. É um pouco disso que se vê na faixa Super.
Sobre o jogo: A ingrata tarefa de fazer prognóstico de jogos desse tipo… é mesmo uma tarefa muito ingrata, tergiversa o redator. Ainda que o histórico recente coloque a Alemanha como favorita, o que se viu nessa Copa serve para igualar as forças. Uma França muito organizada vem forte para enfrentar uma Alemanha que acordou na véspera da partida com 7 jogadores gripados e que não sabe bem se obedece ao técnico Joachim Löw ou ao Guardiola. Jogo eletrizante em que os franceses rirão por último.