Marc Wilmots comanda o canto dos canários belgas. Jürgen Klinsmann treina o bote da águia americana. Não parece equilibrado, mas é.
Além de bons chocolates e cervejas, o Reino da Bélgica produz também hip hop. Vindos de Flandres, os rapazes do ‘t Hof van Commerce fazem rimas em um dos existentes dialetos flamengos, mais especificamente aquele que se fala no oeste.
Um idioma falado por tão pouca gente parece grande entrave num gênero musical que se pauta muito pelas letras. No entanto, o ‘t Hof está na estrada desde 1998, tem 5 álbuns lançados e só não produziu ainda mais por conta da também bem sucedida carreira solo de Flip Kowlier, um de seus membros. Ouviremos Baes, do disco Stuntman (2012).
Representando o império, Mark Kozelek e o seu inspirado projeto Sun Kil Moon, vamos com uma faixa do disco Benji, FAVORITAÇO a aparecer nas primeiras colocações das mais respeitadas listas de melhores do ano quando 2014 se for.
Na esteira da grande tradição do folk norte americano, Mark conta histórias como se fizesse literatura, e das boas. Compartilha com Hemingway também o fascínio pelo boxe (Sung-Kil Moon foi um boxeador sul-coreano e há diversas referências ao esporte nas músicas). Vem para o jogo com a declaração de amor I love my Dad.
Sobre o jogo: A Ótima Geração Belga® tem mostrado apenas que é capaz de competir quando, na verdade, se esperava que ela pudesse encantar em 2014. No terreno da competição o surpreendente time de Klinsmann parece mais à vontade. Conseguirão os yankees sensibilizar o presidente Obama e forçá-lo a decretar feriado nacional? Apostamos que a economia mundial nunca mais será a mesma depois que Clint Dempsey marcar o gol que colocará os norte americanos nas quartas de final e abalará algumas das certezas mais inabaláveis.