Se a origem do tango se compõe de algumas controvérsias e incertezas, cito dois nomes que o imortalizaram: bandoneón e Gardel. Datá-los com exatidão também não é possível, mas com esta dupla conta-se a história do estilo.
O bandoneón é o instrumento que dá ao tango o caráter regional, típico. Sua chegada à região do Rio da Prata, berço do tango, aconteceu por volta de 1900. Acompanhado por violino, piano e flauta, deu corpo à música que nasceu tendo o Uruguai como pai e a Argentina como mãe.
A origem de Carlos Gardel é ainda mais imprecisa, persistindo a polêmica sobre seu nascimento ter se dado em Tacuarembó ou em Toulouse, cidades muito próximas: a primeira é uruguaia, a segunda francesa. Gardel é considerado o maior cantor de tango de todos os tempos, e sua história merece um post próprio.
Fato é que foi em Buenos Aires que o bandoneón e Gardel foram abraçados. O tango é mundialmente reconhecido como argentino, e na terra dos hermanos é considerado patrimônio nacional. O título do post é de Enrique Discépolo, poeta argentino que nesta única frase resumiu um estilo mais do que em sua forma, mas para dentro de seu espírito.
Continua…
Vetrô Gomes
»tá disfarçado de texto, mas no fundo é um teaser para o quadro dele…